Será que as escolas realmente ajudam?

O terrível papel das escolas na educação das crianças.

Esse é um post onde espero expressar minha visão e preocupação com o presente e futuro da educação dos nossos filhos. Talvez tenha continuação. A construção do pensamento vem da minha experiência prática com meu filho, Betinho, de quase três anos somada às situações que vejo no dia a dia. Por fim, mas não menos importante, meu jeito de ser pai também é fortemente influenciado por toda literatura disponível hoje em dia em torno da educação infantil.

Um primeiro ponto que considero importante, e preocupante, é o fato da sociedade apostar que a escola é o agente de transformação das nossas crianças. O tempo inteiro educação é confundido com escola. A escola deveria ser o complemento da visão dos pais sobre a educação, não o contrário. Não acho que deveríamos fazer em casa o que a escola manda e sim achar um lugar que compartilhe de valores, que nos faça refletir e expandir nossos horizontes. Essa frase é velha, mas continua atual, educação vem de casa. E aqui não estou falando de bons modos, estou falando da mentalidade da criança e futuro adulto sobre os comportamentos que devem ser valorizados.

Ainda sobre a relação da escola e educação, existe o fato de muitas famílias, independente do motivo, não terem como passar muitas horas com seus filhos durante o dia e aí entra o processo de delegar o cuidado para escolas, creches e cuidadores em geral. A ciência mostra que o tipo de cuidador meio que não interfere nas habilidades da criança quando ela chega a idade de um ano e meio para frente. Agora a qualidade interfere demais. Se você está meio que delegando essa parte da vida do seu filho, procure pessoas/lugares que realmente compartilhem da sua visão de mundo e que apliquem isso no dia a dia. Os comportamentos que presencio me passam a impressão que é muito melhor você deixar seu filho(a) na escola infantil por 8/12 horas do que deixar na mão de um cuidador(a) dentro de casa. Claro, se achar um lugar com qualidade.

Um outro ponto que considero super importante e que o livro O Pequeno Príncipe já decifrou faz tempo é: os adultos são chatos e as crianças são demais. O que quero dizer? Que, infelizmente, estamos fazendo com que nossas crianças pensem cada vez mais dentro de uma caixa e pior, elas são punidas se pensam diferente. Aqui, de novo, entra a confusão entre quem é o guia da educação. Se a família delegou a responsabilidade para a escola, é meio que natural que ela acredite que a escola está fazendo o melhor para seu filho. Dado essa linha, ela tende a reforçar os comportamentos pedidos pelos professores, diretores etc.

As escolas do primário ao ensino médio de hoje em dia, falando de Brasil, na sua maioria, viraram uma indústria de preparação para o vestibular. A criança, está lá com 7 anos e já está pensando nisso. Estou desconsiderando escolas infantis que tem apostila e já trazem esse discurso, não tem nem o que comentar. O esforço e criatividade são escanteados, o que vale é nota boa. Nem sempre esforço e resultado andam juntos, não é nada estranho você se esforçar, estudar e dominar um assunto, mas na hora da prova seu resultado não ser o esperado. Só que nessa hora, muitas vezes, o julgamento precoce vem a tona. Os pais julgam que o filho não estudou e a escola, para complementar, manda aquele boletim com notas baixas e sem nenhuma mísera explicação. O contexto não define suas ações, mas ele ajuda. Se você percebe que o resultado é importante e é isso que faz você ter uma vida melhor, não é complicado entender porque tantas pessoas colam/pescam nas provas. E depois usam o mesmo approach em outros momentos da vida.

Medir performance unicamente pelo resultado é uma das piores coisas que você pode fazer, no seu trabalho, na escola ou em qualquer lugar. Tudo bem não tirar o resultado da equação, mas existem muitos outros fatores. Alguns exemplos:

  • Seu filho pode não ter ido bem na prova, mas ajudou vários colegas no assunto e eles foram bem. Isso não deveria contar?
  • Seu filho teve participação ativa nas aulas, perguntando para os professores e buscando entender exatamente o que estava sendo ensinado. Isso não deveria contar?
  • Seu filho se esforçou e tentou fazer todos os exercícios que foram passados. Isso não deveria contar?
  • Seu filho precisava de 4 horas para responder a prova, mas a escola limitou em 2. Isso não deveria contar?

Estamos na vida para colher experiências, acertar, falhar, colaborar, entender os outros etc. A escola vem, recorrentemente, ensinando que só o acerto é recompensado e que você deve se adaptar, fazer parte do meio ou não está destinado a uma vida de glória. Não é a toa que temos cada vez mais depressão infantil, força de trabalho menos capaz, cheia de medo de perder seu emprego e completamente conservadora na hora de arriscar algo.

Ainda tenho coisa para falar, mas entendo que até aqui já tem texto suficiente para gerar debate e reflexão. Estou longe de ter a fórmula do sucesso para criar uma criança que, na perspectiva dela, vai ter uma vida feliz e de sucesso. Mas está cada vez mais claro o que você não deveria fazer. E a primeira é refletir muito sobre a escola que você vai deixar seu filho, ela realmente pode fazer mais mal do que você imagina.

Será que você fala muito não?

Este é um post relâmpago, mas espero que seja o início de uma possível série que vai tratar sobre como podemos estar diminuindo o potencial criativo dos nossos filhos(as). 

Acho que esse é o primeiro ponto de atenção que devemos ter com as crianças.  Para que tudo fique mais legal, vai ser interessante que você responda a pergunta aqui no questionário(https://pt.surveymonkey.com/r/FJ5M2PK) que eu montei. Tem apenas uma pergunta e vai durar menos 20 segundos.

A pergunta é simples. Você acha que fala mais sim ou não para seu filho(a)? Se tivesse uma balança, qual lado estaria mais pesado, o do sim ou o do não? 

Vou esperar um pouco as respostas de cada um e aí podemos partir para o próximo post. 

O que você aprendeu com seu filho(a)?

Eu aprendi um monte coisa. Algumas novas palavras/frases foram bem legais.

  • Sapo cununu
  • ibol
  • patioca
  • paque
  • cambaota
  • Quem não marchar direito vai preso no papel
  • 1,2 feijão com arroz. 3,4 feijão com arroz. 5,6 falar com arroz. 7,8 comer iscoito. 9,10 comer patel
  • meeca
  • de mão
  • de bico
  • babaço
  • bacaxi
  • a barata diz que tem 7 saias de piló

Além das palavras eu também aprendi sobre alguns comportamentos e lugares.

  • Bananeira chora
  • Bananeira toma remédio
  • Pedra vira remédio
  • Pedra vira feijão
  • Pedra vira patioca
  • Pedra pode ser cozida
  • Meia pode ser calçada nas mãos
  • Dois pés cabem num sapato só
  • Balde pode ser chapéu
  • Balde pode ser parte da sua armadura
  • Boné para trás e para o lado pode ser legal. Ainda tenho minhas restrições.
  • O boneco de madeira, chamado Godofredo, gosta de comer, dançar e fazer parada de mão.
  • Usar meia até o joelho é legal, mesmo que você não seja crossfiteiro(a)
  • Luva amarela, meia preta grande, calça cinza com bolas pretas e sandália azul combina que é uma beleza
  • Dar pum é motivo de orgulho
  • Temos uma caixa que da vida para os bonecos
  • O colchão, na verdade, é um circo.

Tem também a veia artistica.

  • As paredes do banheiro são telas para pintura
  • O controle da tv é o microfone
  • A lata de leite é o tambor
  • De vez em quando a lata de leite também é bateria
  • A panela é bateria
  • A colher de pau é uma baqueta

Gostamos muito de viajar. Já passeamos pelos planetas do nosso sistema solar. Estamos indo devagar, então só fomos em 4 até agora. Para chegar lá basta achar um balanço e balançar 10x.

  • Marte
  • Júpiter
  • Saturno
  • Plutão

A caixa que da vida aos bonecos é um assunto bom. Tudo ganhou vida.

  • Os bonecos tem nomes
  • Os bichos de pelúcia tem nome
  • Ele tem um amigo para dormir, o grande Sr. Sono
  • Tem uma ovelha muito legal, chamada Zoiuda
  • Tem o sapão, que coitado, vive sendo chutado

 

Tudo isso foi vivido em 1 ano em 11 meses, nem imagino o que ainda está por vir. Se você chegou até aqui, vai ser muito legal se compartilhar algumas das coisas que você aprendeu também :). É muito bom ter em casa alguém com uma imaginação e criatividade tão a flor da pele.

Desde que Betinho nasceu sempre demos asas a grande maioria das coisas que ele quis. Tudo é possível, basta imaginar.

A saga das 11 escolas

Betinho já está quase com 2 anos agora e muita coisa aconteceu, preciso de uns posts para ir contando tudo que vivemos :). O de hoje é especificamente sobre o inicio dele na escola, quero contar um pouco do processo que passamos. Já adiantando que tudo que escrevo é para expressar apenas minha opinião, não necessariamente baseado em fatos super concretos e também longe de querer ser o dono da verdade.

Nós visitamos ONZE escolas, para vocês terem uma ideia da nossa insegurança em relação a esse passo! O fato é o seguinte: aqui em casa, principalmente eu, não levo ótimas lembranças das escolas que passei. Os amigos feitos e as brincadeiras, em geral, foram excelentes. Agora a experiência de educação, na maior parte, não foi a que eu considero próxima do ideal.

Na minha opinião o ensino fundamental e o médio são realmente horríveis na maioria das escolas. E para complicar, existem escolas do ensino infantil que propõe ideias similares a eles. Qual é o ponto aqui: o ditado que a criança é uma folha de papel em branco é a mais pura verdade. Eles são expontâneos, criativos e mais quaisquer outros adjetivos lindos que venham na sua mente. Dado esse contexto, por que eu vou colocar Betinho em uma escola que tem um monte de atividade já pré concebida desde o inicio do ano? Uma escola que tem uma APOSTILA!

Tente fazer um exercício e se coloque no lugar de seu filho pequeno. Agora pense assim: eu sou capaz de fazer tudo que minha mente e corpo querem, tudo! Do que eu preciso? Um lugar que me diga exatamente o que fazer e já tenha tudo preparado para mim? Ou um lugar que, assim como eu, também tenha diversas possibilidades e descubra comigo o que podemos fazer? Que entenda que eu sou diferente de Alice, que é diferente de João?

Essa foi a nossa busca. Passamos por diversas escolas e resolvemos ficar na Escola do Bairro. Ela possui diversas das características que descrevi aqui e estamos confiantes que vai ser um lugar que vai ajudar Betinho a descobrir, experimentar e ser tudo que ele quiser. Muitas atividades ao ar livre, SEM APOSTILA, aprendizado através de projetos contextualizados e por aí vai.

Outro ponto que parece pesar muito na escolha da educação é o fato de não ter uma educação numa escola padrão agora vai deixar meu filho despreparado para o futuro. Realmente é um questionamento complicado de responder… Aqui em casa decidimos tentar fazer o melhor com as informações que temos agora e vamos ver no que vai dar.

Durante esse processo de educação infantil, tudo que fazemos, infelizmente, são apostas. Apostamos que estamos fazendo o melhor que pudemos, mas só saberemos os impactos mais para frente. E se uma escola super rígida e que segue o modelo mais tradicional for realmente a melhor? Eu ia adicionar links para artigos científicos sobre a importância da educação infantil, mas não consegui ler todos que eu queria a tempo.

Não posso negar que São Paulo oferece essa chance, por mais que existam escolas infantis que não são do nosso agrado, existem várias outras escolas que têm uma proposta de ensino muito próximas do que pensamos.

Adoraria ler os relatos de outros pais em relação as escolas. Já que você chegou até o final, que tal deixar o seu ?:)

Movimento é vida

O tema do post de hoje é movimento. É um texto sobre Betinho, mas que também envolve um pouco do meu dia a dia e como isso vem influenciando nas atividades que tenho feito com o projeto de gente.

As crianças nascem perfeitas. Têm uma ideia muito boa do que elas conseguem e não conseguem fazer. Começam se comunicando via choro, expressões (movimento), depois com gestos (movimento), começam a virar de um lado para o outro (movimento), engatinhar (movimento) e aí, finalmente andam (movimento) e falam (movimento). Essa noção de como usar o corpo, o que mover para atingir um objetivo com o esforço correto e tudo mais, é o que chamamos de consciência corporal.

Nossos filhos nascem com uma consciência corporal de fazer inveja. Além disso, eles nascem cheios de mobilidade e alongamento. Mobilidade é a capacidade que eles têm de mover as partes do corpo como querem. Alguns exemplos: pé na boca, pé na orelha, tocar a palma das mãos pelas costas etc. O alongamento é sua capacidade de se “esticar”. Em geral, quanto mais você estica e permanece na posição, mais móvel você também vai ser.

A parte triste disso tudo é que com o passar do tempo, essa coisa incrível vai sendo perdida. Experimente, agora, tentar tocar suas mãos no chão, ficar sobre os joelhos e encostar a bunda no chão, ficar agachado estilo oriental etc. Os nossos filhos fazem isso sem sentir nada, perfeitos! A gente também deveria conseguir :).

Como está escrito no título, movimento é vida. Desde o inicio do ano embarquei numa viagem de entrar nesse mundo do movimento, na verdade voltar para ele (eu tinha quando era bebê). E aos poucos venho tentando recuperar o que foi perdido. O estalo veio por conta de um acompanhamento online que fiz com a professora Juliana Ota e também com o professor André Juda. Juliana falou uma coisa que ficou na minha mente: as crianças querem brincar, se mexer e os adultos ficam dizendo que eles estão fazendo traquinagem :(.

Essa frase entrou na minha cabeça e não saiu mais. Estamos na era em que os bebês já ficam no computador (tablet), assistem programas de tv infantil e jogam video game, por isso não se mexem.

Aqui em casa Betinho já está com um ano e dois meses e ainda não viu nenhum desenho, brincou no celular ou tablet. O tempo vai me dizer se essa estratégia foi boa, eu acredito que sim. Brincamos de pega pega, esconde esconde, agachamentos, barras usando a mesa como suporte, carrinho de mão (seguro os pés dele e ele fica com as mãos no chão), bola, boneca (tema de outro post), caixas mágicas etc. Vai chegar o tempo da tv, video game etc, nada contra :). Por exemplo, todo dia depois do almoço eu demonstro algum movimento para ele. Meu conjunto é limitado, mas já é melhor que nada.

Por mim Betinho faz até ballet, que talvez seja quase o estado da arte do movimento! Não tem essa de ser coisa de menina (também tema de outro post). Vejo os bailarinos hoje em dia e morro de inveja. E caso ache fácil, fica aí uns 15 segundos na ponta dos dedos :P.

E você com seu(s) pequeno(s), o que anda fazendo? Tem rolado muito movimento?

Aproveite o amor de pertinho

Já escrevi algumas vezes que tentei ler bastante para me preparar para a aventura que seria a paternidade. Inegavelmente, toda essa leitura me deu segurança para começar a cuidar de Betinho, mas nada como o dia a dia para realmente me deixar confortável em relação a ele.

Esses mesmos livros passam vários ensinamentos em relação a como lidar com a criança na hora de dormir, em um momento de dor, traquinagem etc. Aliado a isso, também busquei referências em artigos científicos e tudo mais. Enfim, uma bitolagem doida :). Só que aí seu filho nasce e o amor transborda de um jeito que, pelo menos aqui, faz com que você siga tudo adaptado a sua vontade.

Por exemplo, o sono, como já relatei na parte 1 e na parte 2, é um dos assuntos mais tratados. Basicamente, a maioria dos livros tenta fazer com que você deixe seu filho adormecer sozinho, sem ninar nem nada. Caso ele chore a noite, você vai ouvir por um tempo, não se desesperar e então tentar fazer com que seu filho volte a dormir. Bom, aqui em casa a história se desenhou diferente. Depois de um certo tempo percebemos que levar ele para a nossa cama de vez em quando, não nos incomodava em nada, pelo contrário :). Depois do berço, ele foi para a caminha e aí ficou mais gostoso ainda. Podemos dormir com ele, agarradinhos e espremidos na caminha dele!

Atualmente, quando Betinho chora na madrugada, eu ou Larissa vamos no quarto dele, deitamos na cama por um tempo, adormecemos com ele e só depois de um tempo levantamos e voltamos para nosso quarto. Pelos livros estamos deixando ele mal acostumado, e é verdade, não nego. Só que quem não quer ficar mal acostumado com esse amor doido? Pode mandar aqui, que eu mato no peito e não largo por nada.

O almoço ou jantar é outro desses momentos cheio de teoria, todas válidas é claro. Só que por mais que eu não fique fazendo graça feito um palhaço para Betinho, eu tento tornar o momento o mais divertido possível. Sempre escutamos música, ele ama Marilia Mendonça! Além disso, se ele está incomodado com a cadeirinha (momento raro), tiro ele de lá e coloco no colo.

No fim, eu quero mais é curtir os momentos com ele, claro que seguindo uma linha de criação, educação e tudo mais. Só que acima de todas as diretrizes, quando se trata um elo tão forte como nosso filho, é esse sentimento maluco que sempre deve vencer :).

Esse meu post foi motivado por um texto que foi compartilhado comigo por um dos meus mestres crossfiteiros, Lucas Burza. O autor é desconhecido.

“Aproveite o amor de pertinho…
Um dia, assim, do nada, ele vai parar de chamar pra dar o beijo e fechar a janela antes de dormir. Um dia assim… Do nada.
Ele vai trancar a porta do banheiro pra tomar banho, vai estudar sozinho pra prova, vai receber a ligação de um amigo.
Vai ligar o microondas e esquentar o próprio leite de manhã. Um dia, ele vai fazer um bolo pra você e a própria panqueca. E vai compreender, sem chorar ou reclamar, que não precisa de outra mochila pra começar o ano escolar. Ele vai parar de deixar todos os brinquedos espalhados pela casa… Porque não vai mais brincar tanto. Um dia, sem avisar, ele vai crescer. E você vai se orgulhar de quem ele é agora. Da semente que plantou. Vai olhar e ver que tudo que fez compensou, valeu a pena.
Mas até lá, aproveite o cansaço de ninar o seu bebê todos os dias, aproveite a falta de espaço na cama com seu filho no meio, aproveite enquanto cabe todo mundo na cama. A falta de tempo e energia pra namorar. Aproveite a desobediência, aproveite o barulho, o cheiro, o andar tropeçando em brinquedos.
Aproveite o trabalho, a preocupação, a tarefinha da escola, o bilhetinho de dia das mães.
Aproveite o amor de pertinho, enquanto eles são crianças…
Um dia você vai lembrar que ele não te chamou pra dar o beijo na hora de dormir, e vai lembrar que ele só gostava de dormir no colinho, ou na sua cama… Seu coração vai apertar e você vai chorar…
Eu chorei… Mesmo adorando tudo que ele é agora, amando tudo que ele faz e a relação que temos hoje. Mas ele não cabe mais no colo, só no coração mesmo…”

Um história contada em bolos!

Gente, isso é uma invasão!!! Sim, essa semana o Contos de um Pai é todinho dessa mãe aqui!!! Rsssss!!!!! Vim contar uma história construída com muito açúcar, farinha e amor, espero que vocês gostem!!!!

Era uma vez, porque toda boa história começa com “era uma vez” e essa é a melhor de todas, rssssss! Bom, vamos lá, era uma vez um casal feliz e apaixonado, cheio de um amor que cresceu tanto que transbordou e criou uma nova vida!

Betinho chegou para alegrar nossos dias, bagunçar nossa rotina e extrair o nosso melhor!!! Simmmmm, deixamos de ser Beto e Larissa, viramos painho e mainha!!! Como bons pais de primeira viagem, decidimos comemorar todos os 12 primeiros meses da vida de Betinho com um bolo, afinal essa história de maternidade e paternidade é uma experiência nova e cheia de sentimentos intensos, portanto tínhamos que celebrar mensalmente todo esse aprendizado!

Foi então que está mãe, que é uma cozinheira doméstica beeeem mediana, resolveu encarar o #desafio12boloscaseiros. Sim, isso mesmo produção, eu mesma ia fazer os 12 bolos dos mesários de Betinho, pois já que seria um ano intenso e cheio de aprendizados, que fosse também um ano doce e culinário, porque comida é afeto gente!!!!

OK, vamos lá, serão 12 bolos, mas eu não tenho 12 receitas :0, sempre faço o mesmo bolo de limão, que por sinal, é receita da minha sogra, e agora!????? Então pensei, vamos integrar essa galera, vamos usar o #desafio12boloscaseiros para trazer os parentes e amigos mais para perto e inseri-los nesse novo maravilhoso mundo de Betinho! Com isso, angariei receitas com minha avó (a bisa mais maravilinda do mundo), minha mãe e minha sogra (as avós babonas), as amigas (tias queridas) e com ele é claro, o google, parte integrante da nossa vida! Rssss

Enfim chegamos a reta final do #desafio12boloscaseiros e pensei, é claro que esse é o tema do aniversário de Betinho, afinal foi algo que acompanhou a jornada dele nesses 12 meses de vida aqui fora! Eu acredito que o primeiro aniversário de um bebê não é para ele, e sim para os pais, é o momento de celebrar um ano de paternidade e maternidade, pois ele ainda é muito pequeno para usufruir das delicias (guloseimas e brincadeiras) de um aniversário infantil!

Por isso, vamos celebrar o #desafio12boloscaseiros e essa mãe aqui né gente, afinal não foi fácil, mas foi um aprendizado doce e cheio de amor!!!!!

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Com isso, posso afirmar que Betinho está extraindo o meu melhor em todos osaspectos, inclusive na confeitaria!!!! É isso gente, espero que vocês tenhamgostado dessa ideia maluca que, para mim, foi uma maneira de expressar um pouco desse novo, imenso e louco amor que venho experimentando!!!!

Semana que vem, o papai está de volta com mais um conto para vocês!!!!! :****

Primeiro ano de Betinho

Dia 09/05/2017 Betinho vai fazer 1 ano! Acho que todos os pais de primeira viagem passam por uma experiência muito intensa nessa fase, aqui em casa não foi diferente. Vou tentar compartilhar um pouco do que eu passei.

A primeira coisa para o pai é que, por mais que ele se prepare, estude e tudo mais, a experiência só começa mesmo quando o filho sai da barriga da mãe. Antes disso nós somos meros ajudantes de grávida :P. Tentamos fazer ela se sentir bem, ajudamos onde podemos, realizamos desejos e ficamos grudados na barriga para tentar sentir aquele chute. Nessa fase eu fiquei bem ansioso, queria que o nono mês chegasse logo para eu ter a chance de pegar ele e realmente cuidar do filho, não só da mãe :).

Com ele fora da barriga, o primeiro mês foi bem intenso para mim. Não porque ele deu trabalho, disso eu não tenho o que falar, Betinho até agora tem nos ajudado de todas as formas. O problema é que eu tinha zero experiência prática… Não sabia como segurar ele direito, como trocar a fralda, dar leite, colocar para dormir, vestir a roupa ou qualquer outra coisa que se faz com um bebê. Para essa fase meu lema foi: vou fazer tudo! Não importa se seu sabia, pedia para Larissa ficar do meu lado e ia fazendo.. E aí não tem jeito, começou a repetir algo, você aprende.

Depois que cuidar dele ficou mais tranquilo, eu cheguei na fase que “queria que as coisas acontecessem”. Quando ele vai rolar? Controlar os braços? Encaixar as peças de um brinquedo!? Depois dos movimentos mais básicos, vem a parte de falar algo, andar… Eu tentei me controlar ao máximo, sempre brinquei com ele de modo a exercitar tais movimentos, mas tentei me manter o mais tranquilo possível. Não vou dizer que não fiquei ansioso, mas foi bem ok. Outro ponto importante é tentar não comparar com outras crianças. Cada uma tem seu tempo e todas elas tem o resto da vida para fazer tudo. Uns meses para lá ou para lá não vão fazer diferença.

Eu sonhei tanto em ser pai que para mim o primeiro ano não foi além do que eu esperava. Eu já imaginava que ia sentir um negócio maluco pelo meu filho e que ia ficar viciado em ficar e cuidar dele. O que eu não imaginava é que ia ficar tão encantado com a beleza da vida em si. Ver ele aprendendo cada uma das coisas é muito impressionante. Lembrar que um ano e nove meses atrás ele era apenas um pontinho na barriga de Larissa é mais maluco ainda.

Ainda nessa semana volto com outro post para contar a incrível história da festa de aniversário dele. Larissa se engajou numa operação boleira que rendeu uma ótima festa! Como é de praxe, vou pedir para você deixar um comentário compartilhando as suas sensações após o primeiro ano :).

É sobre ele, mas é sobre mim também

Não sei se você já passou por isso, mas quando estou com Betinho fico sempre querendo saber se ele está se divertindo, ou se está de saco cheio e tudo mais… Só que muitas vezes, acho que esse pensamento tem mais a ver com como eu me sinto do que propriamente com ele. O post de hoje não tem a ver com nenhum estudo, apenas com uma sensação que tenho todos os dias :). Falo isso, porque tenho tentado misturar meus instintos com o que a ciência diz.

Eu nunca gostei de ficar em casa e isso tem se refletido no meu estilo quando estou cuidando da pessoinha. A nossa casa não é tão grande, basicamente temos a sala para brincar e os quartos para explorar. A parte legal é que para um bebê pouca coisa é bem suficiente. Cada pedacinho novo é uma descoberta e ele realmente se diverte com isso. Em outro post já falei sobre brincadeiras.

Só para dar alguns exemplos, nos últimos tempos ele aprendeu a subir e a descer do sofá, abrir e fechar o forno elétrico, ficar puxando as gavetas e todo o resto que as crianças gostam de fazer. Não vou nem mencionar enfiar os dedos nas tomadas, abrir a tampa do lixo e tentar puxar as canecas do armário :).

Está mais que claro que Betinho tem muita coisa para fazer dentro de casa, só que aí entra uma outra variável muito importante nisso tudo, a pessoa que está cuidando. Durante uma parte do dia essa pessoa sou eu e, para tudo ficar certo e aproveitarmos um tempo legal juntos, eu também preciso achar divertido.

Para juntar nossos gostos, eu sempre tento levar ele em parques, principalmente o da aclimação que é perto da nossa casa. No parque eu sinto que nosso tempo passa de uma forma muito mais interessante, justamente porque eu gosto de sair e também porque gosto de ver ele bem livre. Além disso tenho levado ele no playground do nosso prédio, piscina etc. Apareceu uma chance de sair, eu tento aproveitar.

Pensei sobre isso e realmente acho que esse é um ponto importante. Você vai passar muito tempo cuidando do seu pimpolho e se abdicar de tudo que você gosta, alguma hora o preço vai ser cobrado. Tenho tentado sempre buscar o equilíbrio, porque ele precisa de toda atenção do mundo e eu preciso estar super bem para me dedicar 110%.

O texto de hoje foi mais reflexivo, espero que você tenha gostado. Já passou por algo parecido? Conta aqui para mim :).

Angústia da separação, e eu, como fico?

Aparentemente Betinho está passando por uma fase conhecida como fase da angustia da separação. Até pouco tempo atrás, ele ia no braço de todo mundo e, entre eu e Larissa, não tinha tempo ruim. Só que agora, sempre que ele sai dos braços da mãe, rola aquela chorada básica… O que fazemos?

Não vou negar que rola um pouco de orgulho ferido :). O esforço aqui em casa é contínuo em relação a cuidar dele. Participo bastante da rotina padrão, além de ta sempre junto para brincar e tentar fazer ele ir evoluindo. Quando ele ta com algum problema, olha eu lá de novo. E mesmo com tudo isso, o safadinho fica chorando quando sai do colo da mãe.

A minha experiência atual está me dizendo que não resta nada a não ser tentar lidar com a situação da melhor forma possível. Várias vezes, quando Larissa me entrega ele, a chorada vem, mas eu não devolvo. Falo com ele que agora está comigo e que vamos passar um tempo juntos. A parte boa é que geralmente o choro passa! Só que quando ela aparece de novo, advinha? Tome choro!

Apenas reforçando, é realmente importante que nessa fase o bebê não fique o tempo todo com a mãe. Essa é uma ação que apenas reforça a angústia. Ele realmente precisa entender que a mãe ainda existe, mesmo quando ela não está acessível aos olhos :).

Parece que toda criança passa por essa fase. Então, se você é pai e está se vendo na mesma situação, fique tranquilo, você não é o único rejeitado de momento! De toda forma, não deixe de continuar cuidando da mini pessoa, ela ainda gosta de você. O único problema é que não foi você que carregou ele(a) durante 9 meses e ainda cedeu o seio para rolar uma amamentação.